sexta-feira, 8 de maio de 2015

Dúvidas sobre justiças que me vieram hoje...





Um conceito de justiça não pode ser simplesmente acessível ao homem, pois pressuporia um conceito preexistente, o que não parece ser sustentável, dado que 1-o pressuposto de perfeição cósmica que embasa a crença antiga no método contemplativo como suficiente ao alcance do justo foi refutado pela ciência moderna; 2- enfrento resistência em aceitar a ideia de um direito natural, haja vista a discrepância entre diversos fenômenos naturais e meu conceito íntimo de justo. Mas então, de onde "the hell" vem a justiça? Será ela mera ficção humana, em eterna construção, dada a constante mutabilidade dos valores humanos nas dimensões espaço e tempo, tão somente com o fito de permitir uma convivência minimamente harmônica entre os humanos? E de onde podemos extrair seus ditames de maneira a pautarmos nossas ações? Da lei? Então lei = justiça? E o nazismo? Foi justo então? E se não o foi, de onde então advém o conceito de justiça? Seria ele então, um conceito não acessado, pois como já dito, acessar pressuporia a preexistência, mas criado pela razão pura do homem? E a razão pura existe? Como sabê-lo? Quem está legitimado a assim considerá-la e quem o legitimou para tanto? Por que devemos seguir suas normas e até que ponto? Qual parâmetro usaremos para decidir este "ponto" limítrofe do cumprimento da lei?

Nenhum comentário:

Postar um comentário